A nova composicao racial brasileira segundo o censo 2010

NASCIMENTO, Marcelo Victor Rodrigues do [1] NASCIMENTO, Marcelo Victor Rodrigues do. Plano de cotas raciais e estagiários do ensino médio de instituições públicas da região de Itapetininga. Revista Científica Núcleo Multidisciplinar do Conhecimento. Ano 05, Ed.01, Vol. 08, págs. 49-73. Janeiro de 2020.

Este estudo teve como objetivo analisar www o nível de ciência dos alunos do ensino médio da região de Itapetininga, no que diz respeito à política de alocação adotada pelo governo federal, sua visão sobre o racismo e também se eles participaram de debates e diversas outras “ações afirmativas” tanto na instituição. do que no município, o que lhes permite refletir sobre as preocupações raciais, incluindo a descendência afro.

Para tanto, foram entrevistados 192 alunos do ensino médio de escolas públicas da área do Conselho de Educação – Área de Itapetininga, da Secretaria de Educação e Aprendizagem do Estado de São Paulo.

Na reunião foi abordada a ciência dos alunos quanto à existência do regulamento de atribuição

  1. (2) fanatismo no Brasil; (3) realizar discussões e atividades associadas aos negros na faculdade e no bairro onde moram; (4) atividade esportiva de capoeira, bem como o currículo da instituição; (5) a reserva de vagas para negros nas faculdades e também nos concursos públicos e (6) a variedade de afrodescendentes nas escolas da região.
  2. As porcentagens adquiridas mostram que (1) a maioria dos estagiários nunca se deparou com a legislação sobre alocações, (2) todos conhecem as formas de intolerância e muitos já viram situações que identificam como tal, (3) as grandes.

A maioria compreende que a educação e a aprendizagem são os meios para eliminar o preconceito, mas poucos têm aderido a atividades de afirmação cultural e também instrucional na instituição e também no município.

Todos os alunos conhecem a capoeira, mas nem todos a querem no currículo escolar, (5) ) mais da metade dos participantes protesta contra a reserva de vagas para descendentes de afrodescendentes na universidade e também em concorrentes públicos e também (6) a maioria se autoproclamou branca, embora estudos indiquem a prevalência de mestiços no Brasil.

Conclui-se que a ausência de atuação do poder público e das universidades públicas na região estudada está entre as principais fontes de inadequação no combate ao preconceito racial no Brasil, verdade que, além de dificultar o desenvolvimento do sentido crucial por parte dos alunos do ensino fundamental, ajuda a reforçar os padrões extremamente racistas do passado, que na verdade condenaram milhares de pessoas a viver na marginalização.

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INTRODUÇÃO

Buscando a quitação de uma suposta dívida com a raça negra e indígena e também a promoção da igualdade racial no Brasil, em 29 de agosto de 2012, foi aprovada a lei 12.711, popularmente conhecida como “Regulamento de Cotas” que atende a ingresso de pessoas autodeclaradas pretas, pardas e indígenas e também pessoas com deficiência física nas universidades públicas e nos estabelecimentos de ensino e ensino técnico adicional do governo (Lei nº 12.711, 2012).

Frases de busca: fanatismo, regulação de cotas, vagas, faculdade, capoeiraEssa lei, no entanto, só validou o que havia ocorrido nas faculdades brasileiras a partir de 2003, quando o Colégio Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) iniciou um “programa de alocação”, que chegou a se estender a outras universidades, atingindo 14 (quatorze) faculdades em 2005, 43 (quarenta e três) em 2006 e também 83 (oitenta e três) em 2010 (Guarnieri e Melo-Silva, 2017).

Conseqüentemente, é possível afirmar que, independentemente de todo o conflito existente em relação às cotas raciais, o programa de alocação no Brasil foi realizado antes mesmo de ser uma regulamentação governamental, sendo, portanto, um indicador de que o programa começou em 2003 na UERJ, foi um sucesso, ainda que não consensual (Guarnieri et alia, 2017).