Entrevista (Série: 3): As cenas do crack, o ajuste de políticas ligadas à droga e os resultados do estudo na visão de seus coordenadores

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Já existem pesquisas adequadas no Brasil para sustentar políticas de combate ao crack que trabalhem na minimização dos danos causados ​​pela droga e também da variedade de usuários?

Neilane-300x358Este não é o primeiro estudo de pesquisa realizado sobre medicamentos ou divisão no país. Há uma série de outras pesquisas com essa população.

No entanto, é a inicial desse percentual, que traça um relato tão minucioso dos clientes, exatamente porque fomos onde os usuários estavam, onde consumiam a droga, em vez de nos limitarmos ao que normalmente chamamos de “populações cativas”, com escolares ou pessoas de clínicas.

Ter esse detalhamento por conta de usuários de crack/similares no Brasil e também a comparação entre os recursos e vários outros bairros do país ajuda muito a direcionar as ações. O poder público em geral pode ajustar as políticas atualmente adotadas e também criar outras com base científica.

  1. Um exemplo disso é a preocupação com a obrigatoriedade de internação hospitalar. A pesquisa da FIOCRUZ mostrou que praticamente 80% dos indivíduos no Brasil pretendem receber algum tipo de tratamento/ajuda.
  2. Ou seja, com esse resultado, as ações de internação compulsória não são custo-efetivas, pois investem massivamente em uma iniciativa polêmica e de resultados incertos, quando deve investir principalmente na grande massa de usuários que solicitam ajuda.
  3. Mas é muito importante entender que o primeiro passo é trabalhar essa estimativa com o indivíduo, entendendo suas necessidades, para garantir que sua motivação para a terapia de redução de lesões seja convertida em ação confiável. Não é pronto.

Em capitais menores também é comum ter cracolândias?

O que temos são cenas de uso de crack/similar de várias dimensões em várias comunidades e até mesmo dentro de cada município. As grandes cenas de uso que continuam no mesmo local por muitos anos foram amplamente chamadas de cracolândias. Mas não é uma verdade em todo o país. Como exemplo no Rio, na época da pesquisa, tínhamos cenas com 200 indivíduos, mas também cenas com 4 ou 5 indivíduos. As cenas geralmente têm grande mobilidade.

  • Contrastando com a população brasileira, os usuários divididos tiveram uma frequência de HIV oito vezes maior.
  • Quais cenários nas cenas de crack estão intensificando esse problema, bem como quais medidas podem ser tomadas em relação a ele?
  • A frequência de HIV na população básica brasileira é de 0,6%, enquanto entre usuários de crack/similares esse percentual foi de 5,0%.

As circunstâncias de risco de infecção a que esses usuários estão expostos os tornam muito mais vulneráveis: o número de parceiros relacionados ao sexo, uso profilático inconsistente, uso de drogas injetáveis ​​(embora tenhamos verificado que apenas 10% dos clientes divididos fizeram uso adicional de medicamentos infundido), bem como sexo comercial.

Procedimentos de redução de lesões são necessários, tanto em relação ao abuso de substâncias quanto à circulação de informações sobre os métodos de transmissão de DST/HIV e a circulação de preservativos.

Foi possível determinar por que o uso regular da droga é mais típico da região Nordeste?

Pensava-se que o maior número de usuários de crack/similares estaria na região Sudeste, justamente pelas imagens das cracolândias que são divulgadas pela mídia. Porém, como dito, essas grandes cenas não são as mais frequentes em todas as regiões, nem também no Sudeste, onde, apesar da tremenda visibilidade de grandes e também abrangentes cenas, predominam as médias e também as pequenas.

O Nordeste oferece cenas menores e bastante móveis, o que está intimamente relacionado à isenção social. A razão do elevado número de recursos do Nordeste é, na verdade, uma soma de inúmeros aspectos. Esses resultados podem ser creditados diretamente a alguns fatores, enquanto exames adicionais certamente serão necessários para outros.

No Nordeste temos, por exemplo, valores de IDH (Índice de Avanço Humano) mais baixos do que no Sudeste, mesmo comparando os recursos. A desigualdade social também é bastante acentuada no Nordeste, e as dificuldades parecem tornar esses indivíduos muito mais propensos ao uso regular de medicamentos como o crack.

Além das conhecidas preocupações de fisgar e também do trabalho juvenil que também parecem estar relacionadas ao consumo de drogas. Certamente a regionalização das políticas de combate ao crack seria muito mais eficaz para resolver o problema?

  • Em um país como o Brasil, com marcadas diferenças sociais e também sociais entre as macrorregiões, as ações de saúde devem ser regionalizadas para melhores resultados. A questão da medicina não seria diferente.
  • No Nordeste, por exemplo, foi onde localizamos o maior percentual possível de crianças e adolescentes que faziam uso de crack/similar. Para garantir que o problema deve ter preocupação lá.

Francisco-300x387Split é mencionado como um medicamento que cria dependência rapidamente. Existem várias distinções entre dependente e eventual indivíduo?

É um medicamento de absorção extremamente rápida (menos de 10 segundos), cujos efeitos também são temporais, e que criam um desejo muito extremo (desejo necessário de fazer uso do produto). Por esses fatores, os fenômenos conhecidos de desenvolvimento, resistência e dependência da prática tendem a se instalar mais rapidamente.

O indivíduo periódico é aquele que faz uso alternado de determinado material, bem como cujo padrão de ingestão não é definido pelo consumo compulsivo, acompanhado pelo crescimento da tolerância ao produto, o que requer um moderno aumento na dose para obter um resultado comparável .

  • Neilane Bertoni e também Francisco Inácio Bastos
  • Citação Bibliográfica

Bastos FI, Bertoni N. Encontro (Acervo: 3): As cenas do crack, a mudança das políticas relacionadas às drogas e os resultados da pesquisa do ponto de vista de seus planejadores [encontro pela internet] Rio de Janeiro: DSS Brasil Portal; 31 out 2013. Entrevista com Jaqueline Pimentel.

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